Mesmo vivendo o momento mais difícil de suas vidas, as mães do Grendacc não desanimam, ao contrário, são símbolo de força, de fé e apoiam umas as outras. Neste Dia das Mães – celebrado em 14 de maio – compartilham um desejo: Que seus filhos vençam a batalha contra o câncer.
“Meu desejo para este Dia das Mães é que minha filha seja curada, e que todas as crianças que estão aqui no Grendacc também. Que elas consigam passar por todo esse processo”, afirma Fernanda Neres Rocha Lorigiola, 35 anos, mãe da pequena Maria Eloá, de 2 anos e um mês, que foi diagnosticada com um rabdomiossarcoma de bexiga em janeiro deste ano. Maria Eloá é uma das 22 crianças que estão em tratamento efetivo no Hospital da Criança do Grendacc (fazendo quimioterapia). Outras 155 seguem em acompanhamento na instituição, passando por consultas e exames periodicamente.
Segunda a médica oncologista do Grendacc, Arianne Casarim, a paciente Maria Eloá no momento está bem, fazendo quimioterapia laboratorial e segue semanalmente no Hospital da Criança. Ela tem programação de fazer uma cirurgia no meio do ano. Por hora vai seguir com a quimioterapia. Mas no final do tratamento também vai necessitar de radioterapia.
Fernanda conta que em janeiro deste ano notou uma massa embaixo do umbigo da filha e a levou até o hospital de Jarinu, onde moram. A primeira suspeita foi de fezes parada, mas após diversos exames descobriu-se que poderia ser algo mais grave, foi quando ela recebeu o encaminhamento para o Hospital da Criança do Grendacc, onde foi realizada a biopsia. Em fevereiro saiu o resultado e a família recebeu o diagnóstico de câncer na bexiga. “Foi um momento muito delicado, que pegou toda a família de surpresa. Mas estamos caminhando neste processo.”
A mãe conta que é muito difícil, mas segue acreditando que tem um Deus que cuida, que zela e não abandona seus filhos. Ela agradece por Deus ter colocado o Grendacc em suas vidas. “As pessoas no Grendacc são maravilhosas, a começar pela recepção, os médicos, enfermeiros, pessoal da cozinha. Todos. E o atendimento é ótimo. O Hospital da Criança é um lugar de paz. Por mais que estejamos no meio do furacão, lá eu me sinto calma”, conta Fernanda.
E ela tem uma mensagem para as mães, que como ela, estão lutando contra o câncer ao lado de seus filhos: “Tenham fé, confiem em Deus, que Ele tem um propósito para cada criança. No final tudo vai ficar bem. É só acreditar”.
A mensagem de Patrícia Teixeira Motta Lourenço, mãe do Pedro, de 7 anos, para as outras mães é: “Tudo vai passar, tenham certeza”. Assim como Fernanda, seu maior desejo neste Dia das Mães também é que seu filho se cure. “Desejo que ele fique bem, siga os caminhos do Senhor e seja um bom homem.”
Patrícia descobriu a Leucemia Linfoide Aguda – Tipo T do filho após ele apresentar uns caroços no pescoço. Eles foram ao pronto-socorro, que os encaminhou imediatamente para uma UBS. “Lá fomos atendidos por uma médica que teve a sensibilidade de pedir os exames imediatamente. E já na sequência fomos direcionados ao Grendacc, onde recebemos o diagnóstico”, relembra a mãe.
“Acho que foi um dos piores dias da minha vida, foi muito difícil”, explica. “Mas no Grendacc a gente encontrou amparo, muito amor e um tratamento humanizado e é isso que sustenta a gente nesse período difícil.” Para Patrícia, saber que o filho está em boas mãos a deixa tranquila.
Atualmente, o Pedro está fazendo quimioterapia e tem programação de mais um ano, um ano e meio de tratamento, segundo a oncologista Arianne Casarim. No momento ele está em remissão, fazendo quimioterapia em doses altas. “Uma vez por mês ele faz quimio em dose alta”, explica.
Quadro pós-tumor
“Acreditem na cura. Acreditem em Deus, que Ele mostrará o caminho!” Esta é a mensagem de Gracielli de Oliveira Felix, 35 anos, mãe da pequena Maria Luiza, de 3 anos e 11 meses. Ela também alerta para que as mães não deem ouvidos para a coisas ruins que os outros dizem.
O caminho para a descoberta do ganglioneuroma (um tumor benigno raro, de crescimento lento, originado do sistema nervoso simpático) de Maria Luiza foi longo. Tudo começou quando ela tinha apenas 8 meses e apresentou um quadro de diarreia crônica. As primeiras suspeitas foram de alergia alimentar e só após mais de dois anos fazendo testes e exames a doença foi descoberta (após a realização de um ultrassom).
“Não senti medo e sim alívio por ter finalmente descoberto o que a minha filha tinha. Desde o primeiro momento sempre tive certeza de que tudo daria certo”, conta Gracilli, lembrando que recebeu uma indicação para passar com a oncologista Arianne Casarim, no Grendacc.
Já no Hospital da Criança, Maria Luiza possou por diversos novos exames e no dia 22 de julho – seu aniversário – fez a cirurgia para a retirada do tumor. Por se tratar de um tumor benigno, não precisou fazer quimioterapia. “Ela mudou totalmente após a retirada do tumor. Ficou mais carinhosa, calma e risonha”, conta.
No entanto, um tempo após a retirada do tumor, a mãe notou que ela voltou a ficar irritada e a ter terror noturno. De volta aos médicos, descobriu tratar-se da Síndrome de Kinsbourne, uma síndrome rara que pode surgir após um tumor. “Agora ela está se tratando com um neurologista e está muito melhor. Não é fácil, mas me fortaleço na fé. A gente luta por nossos filhos com muita força”, conta.